Fonte: Novo Jornal – Mariana Rodrigues
Depois de ter cancelado a sua
temporada no espaço Bahia devido à enchente que se fez presente no local que
não tinha capacidade para receber um número tão elevado de pessoas, Mc K ou
“Papá Diarabi”, como é carinhosamente tratado pelos seu ‘fieis’, realizou no
ultimo domingo um espectáculo no bairro que o viu dar os primeiros passos no
movimento hip hop.
O Margoso ou Chabá, como é
conhecida a zona onde cresceu, recebeu carinhosamente o artista e convidados de
grande gabarito que ajudaram a editora Masta K a conseguir maior sucesso com o
evento intitulado “Paz de espírito no Chabá’ realizado no salão GUnit.
Centenas de pessoas começaram a
chegar por volta das 16.30 ansiosas por ouvir as mensagens trazidas pelo cabeça
de cartaz. O show, começou com a actuação do artista “Sanguinário” que lançou
recentemente o seu EP intitulado “Oxigénio” Volume II. Seguiuse Muto Moxi. Fly
Skuad, rapper da editora MAD Tapes, apresentou-se num show depois da venda de
sucesso do seu projecto ‘Extractos’ que lotou a praça da independência.
O rapper, além do tradicional freestyle que o projectou,
cantou duas músicas ‘Nos dias de hoje’ e ‘Por isso sou underground’.
O humor também esteve em destaque
com Gilmar, do grupo “Tuneza” que arrancou gargalhadas da plateia com piadas
feitas à medida dos artistas em palco. Bruno M, apesar de cantar no estilo
Kuduro, relembrou os velhos tempos em que fazia rap, cantando uma música com o
anfitrião. Kid Mc, foi outro dos pontos altos do evento.
Durante a sua actuação
“o fenómeno” cantou músicas do seu álbum “Incorrigível” levando o publico ao
rubro. Cantou ainda, “à capela”, duas das suas letras. Com MC K, que levou na
bagagem faixas do seu álbum ‘Proibido Ouvir Isto’, cantaram ainda Ikonoklasta e
Flagelo Urbano.
Outro momento emocionante foi a
subida ao palco de um dos sobrinhos de ‘Katró’ que, segundo o mesmo ‘andava no
mundo do crime até lhe estenderem a mão’. Hoje é um jovem responsável e honesto
à procura de melhores condições de vida.
A apresentação do show ficou a
cargo de Kool Klever e o som a foi comandado pelos j´s NKappa e Péle.
No final, os artistas e plateia
não pouparam elogios a este grande artista angolano, deixando a descoberto que
“existe um pouco de MC K em cada um de nós”.
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